quinta-feira, março 25, 2010

Do It Yourself... On The Kitchen...

Sábado resolvi invadir a cozinha lá de casa. Expulsei minha mãe e perguntei: Cadê a farinha de trigo?

Sim, meu querido leitor. Este, que aqui vos fala, ou escreve, resolveu se aventurar no mundo inebriante do "faça-você-mesmo-seu-bolinho-de-chuva". E não foi apenas o meu. Foi o meu e de mais um monte de gente, deu pra fazer muito bolinho de chuva.

Vou mostrar como se faz (ou não)...

Começa assim:

Esteja em casa, sem nada pra fazer, com sua irmã na internet batendo papo com um povo qualquer na internet.

Pega-se uma pimenta... Não isso não, essa é outra receita.

Parta para a cozinha e escute sua mãe chegando em casa. Mas não pense em chamá-la para ajudar. Isso não se faz, a não ser que você queira que ela faça o trabalho todo. E se é isso que você quer, esqueça o resto do texto. Mas, como eu te conheço, sei que você é um cara interessado na bela arte de encher a pança, continuaremos com nosso episódio de faça você mesmo. Lembrar de criar uma série sobre isso... Voltando!

Beleza, primeira coisa na cozinha: lave as mãos. Claro, ou você quer um "bolinho-de-chuva-ácida"?

Após a lavagem das mãos, pés, e todo o corpo, enxugue-se, coloque uma roupa e volte para a cozinha. Não era lá que estávamos? Então continuemos assim.

Pegue uma bacia média, do tamanho de uma metade de melancia, ou maior... você vai saber... e jogue lá dentro:

Quatro xícaras de farinha de trigo, ou então uns cinco copinhos daqueles pequenos que você enche de café. Mas não é pra por café, é farinha. E de trigo!

Depois você joga, ali no meio, uma xícara de açúcar. Enche a xícara pra não ficar sem, se quiser, bota uma pitadinha a mais, ou não. Ah você sabe o que está fazendo! Acho que sou o único que não sabia como fazer um bolinho de chuva, mas vamos até o final agora.

Coloca também uma xícara de manteiga. Eu coloquei margarina. Não deu problema. Nem lembro que marca era, então procure uma que está na geladeira, ou então em cima da mesa. Quando teu pai acabar de passar no pão você cata o pote.

O problema da xícara de manteiga, ou margarina, é o seguinte: colocá-la na xícara. Mas isso pra você não é problema. Talvez nem precise. Se souber quanto é, joga de uma vez.

Coloque agora, uma colher de pó Royal. É uma só! E não me questione sobre o motivo da quantidade. Não lembro muito bem o que o pó Royal faz numa receita. Nem lembro direito o que ele faz num nariz humano... mas isso não vem ao caso. Então, uma colher só.

Agora coloque quatro ovos. Mas cadê os ovos?! Sim, foi essa pergunta que me fiz quando percebi que eles não estavam em seu lugar de costume. Tive que perguntar minha irmã. Que ainda ficou me zoando porque eu não conseguia nem achar os ovos. Enfim, teste os ovos antes. Coloque um por um, no mesmo copo que você ta usando lá do começo. É uma forma de saber se está legal. Evita perder toda a receita por causa de um ovo podre.

Pronto, agora pega um colher de pau e começa a mexer essa bagunça. Depois de uns músculos a mais, a massa fica com aparência de massa mesmo. Bata mais um pouco e está quase pronto. Não coma assim porque não é legal. É gostoso, mas pode causar alguma reação adversa.

A massa está pronta!

Agora pegue uma panela, botija, lata, ou o que você achar melhor para fritar seus bolinhos. Coloque óleo até você achar que vai fazer “pluft” quando cair algo dentro. Use óleo limpo! Nada de mendigaria! Até agora você não gastou um centavo, tava tudo no armário da tua mãe. Então o óleo deve estar por perto.

Acenda o fogo. Do fogão, claro. Agora não é hora de usar nenhum de seus aditivos. Deixe o óleo esquentar até um ponto em que você ache que está quente. Nunca, eu repito e com caps lock: NUNCA coloque o dedo lá dentro para ver se está quente. Ou você vai esquecer o bolinho de chuva e pegar chuva para salvar seu bolinho de dedo.

Tá quente? Beleza. Agora pegue um pouco da massa, bem pouco, mais ou menos uma colher, e jogue dentro da fornalha. Não, seu louco! Fornalha foi apenas modo de falar! Jogue no óleo!

Deixe fritar e prepare-se para envenenar teu pai com seu primeiro bolinho de chuva. Ou, se quiser, prove você mesmo. Se estiver bom é só continuar fritando e comendo. Tem gente que coloca açúcar com canela num pratinho pra passar os bolinhos. Eu, sinceramente, não estou nem aí pra açúcar com canela.

Custo: pouco tempo, um pouco de paciência e, quem sabe, alguns centavos se tua irmã não disser onde estão os ovos.

Tempo de preparo: uma conversa inteira.

Rendimento: bastante coisa e ainda sobra.

Enfim, sejam felizes e esperem a próxima receita.

Post descaradamente inspirado no Deitando o Gato na Grelha. A não ser pela parte da receita. Lá é a casa do churrasco.

sexta-feira, março 12, 2010

Histórias da PH...

É isso aí, prezado leitor com abundante falta do que fazer.

Este post é para te apresentar a mais nova e revolucionária série deste blog.

Para os desatualizados, novidade: estou trabalhando.
Sim, e por isso estou um bom tempo sem postar nada aqui. Não só por isso, como você pode ver nesse post no meu outro blog. Mas esse é o motivo maior.
E, como todo emprego que se preze tem histórias, colocarei os contos que vejo ou fico sabendo por aqui. Ou seja, cerveja fofoca.

Bem, na verdade, não gosto muito desse termo. Então contarei as lendas do meu trabalho.

Como vocês nem sabiam que eu estava trabalhando, também não estão sabendo onde. Vou contar tudo. Senta aí e ouve.

Trabalho no prédio do Ministério da Fazenda, no RJ. Sou terceirizado, ou seja, trabalho em uma empresa que "aluga" os funcionários para o MF. Minha função, além de ficar olhando para o ar, é carregar papéis para lá e para cá. Na verdade, sou como um "office boy interno". Só trabalho dentro do prédio. Minha vizinha disse que eu trabalho como um dos estágiários do emprego dela. Mas o que tem a ver os estágiários de lá? Nada! Fato! Então voltemos a ideia original: comida. Não, não essa: meu "trabalho".

Como dizia, fico andando pra todos os cantos do prédio, mas sou "mensageiro" (ou contínuo, office boy, courrier, the hell...) de um setor específico, que não vem ao caso, pois todos os setores são iguais. Sempre fazemos as mesmas coisas. Então converso, ouço conversas, vejo coisas e etc...
E pra começar com o mexerico, vou falar sobre o Terror do Aviso Prévio.

Esses dias, mais precisamente ontem, vi muita gente chorando. Sério! Pessoas que não queriam ir embora e foram mandadas, estavam se acabando em lágrimas. Gente que queria ir embora e também foi, estava chorando de alegria. E tem até quem queria ir embora mas teve que ficar estava se derramando em lágrimas. Não, não é meu caso. Estou muito bem aqui. O travesseiro agradece.

Mas, com todo esse povo "metendo o pé", seja lá onde for, uma nuvem de tensão cobriu o prédiode mais de 60 anos. Algo quase pálpavel tomou conta da atmosfera. E todos se movimentam em silêncio, como fantasmas. O que mais se ouve pelas salas é "Você está de aviso?"

Pior foi o episódio de quinta:

Minha supervisora, que manda e desmanda, ou não, foi dar o Aviso a uma menina, recepcionista, faltosa e despreocupada. Com todo o cuidado, ela explicou o porquê da situação incomoda.
A menina olha pra ela e diz:
- Cintia, tá tranquilo. Eu já esperava isso. Mas tem um problema...
- Que problema?!
- Eu estou grávida!

Imagina isso! Agora a menina, mesmo não ligando para o emprego, não pode ser demitida. Vem um bebê por aí e ele será bancado pela empresa. Será necessário contratar outra pessoa para substituí-la. Coitada da Cintia. kkkkk

Mas, enfim. Post bom é post morto! Ou não... Mas esse aqui está de bom tamanho por hoje. Ainda mais que ele tá no forno tem uns 3 dias.

Vem mais pela frente, então esperem e vejam.