quarta-feira, novembro 17, 2010

Como uma dor de ouvido pode acabar com o seu dia

Tudo começou nessa terça-feira. Estava trabalhando e, não me lembro como, meu ouvido começou a doer. Sendo que eu nunca tive dor de ouvido e não sabia como agir diante de tamanho sofrimento.

Podem me chamar de fresco, fraco ou seja lá o que for, mas não é fácil.

Na hora de ir embora, pegar o trem, coloquei o fone no ouvido e, infelizmente, não aguentava ouvir minhas músicas selecionadas para a viagem. Fiquei triste. Tinha um caminho longo pela frente. Queria minhas músicas para poder ler meu livro. Então troquei de fone e ouvi as músicas apenas com o ouvido direito.

Cheguei à estação de destino, com o ouvido mais pra lá que pra cá, e fui em direção a certo curso, entregar alguns itens críticos para uma amiga. Meu ouvido só piorava.

Conversamos, rimos, andamos de ônibus e eu fui para minha casa. Estava crente que apenas deitaria e dormiria. Meu ouvido melhoraria com o sono.

Enganado estava. Desenganado fiquei. Meu ouvido só piorou! Lanças fulminantes atacavam meu aparelho auditivo. O mundo não era mais um lugar legal para ficar. Queria fugir, dormir, sonhar! Mas meu ouvido não quis deixar.

Dra. Vera, também conhecida como Minha Mãe, encontrou uma solução rápida, mas não definitiva, para o problema. Era um tal "remédio que tua irmã usa". Funcionou bem. Até umas 4h da manhã. Levantei, coloquei mais "remédio que tua irmã usa" e voltei a dormir.

Acordei, novamente, para ir trabalhar. Refiz o "curativo" e parti para o labor.

Tudo rolou normalmente até de tarde, excetuando-se o fato de quase não conseguir abrir a boca para almoçar. Então, voltou tudo novamente. Uma onda de dor sufocante, que deixava minha boca seca e meus estômago vazio. Acho que você pode imaginar o motivo da fome.

Tudo dizia que minha audição iria parar por ali. Meu ouvido iria estourar. Eu seria obrigado a ouvir somente com o ouvido direito. Então encontrei um salvação! Temporária, novamente.

No meu trabalho tem um núcleo médico (que chique). Mas o problema já começou na recepção:

- Oi. Estou com uma dor no ouvido. Com quem eu posso falar?
- Olha... a gente não tem aparelho para ver o ouvido. Mas eu vou falar com o doutor para ver o que dá pra fazer.

Então lá foi a moça, falar com o médico. Ele me chamou e falou "Eu não posso fazer nada pra te ajudar. Só te dar um Tylenol". E foi assim que a dor parou novamente.

Tudo ia bem até eu chegar em casa. No caminho já sentia as pontadas, mas nada comparado com o que me esperava. Sofri dores incessantes. Parecia uma furadeira dentro do meu ouvido. Quando já estava desistindo de ver meus netos crescendo, minha doutora apareceu com uma solução mais confiável: um anti-inflamatório.

E é nessa base que vos escrevo. Não fiz quase nada durante todo o dia. Locomoções foram as mais básicas (sala-copa-sala). E espero para ver se voltarei a sofrer com os avisos da morte auditiva.

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